quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Orgulho

Gosto de pensar que sou forte. Mesmo que seja só uma elegante camada que a qualquer momento deixa escapar toda a fragilidade que quero esconder. Gosto de pensar que sou assim. Gosto de pensar que nunca querer pedir ajuda é só mais um sinal de que luto por aquilo que quero. Que luto, luto com todos os sentidos e consigo. Sozinha. Porque mereço.

Proibi as lágrimas de me escaparem em frente de quem me faz chorar. Proibi. Proibi e vou proibir mil vezes, se mil vezes me tentarem fugir. Tento obrigá-las a esconderem-se dos outros também. Insistem em desabar quando mais tento engoli-las. Gosto de pensar que é porque sou forte, porque não quero mostrar sofrimento a quem tanto anseia por ele, porque não posso levá-lo a quem nem deveria saber o seu significado.


Digo o quero, o que me sai sem querer. Digo a sorrir, ou ignoro. Mas insisto. Faço o que não me achavam capaz. Caminho a passo lento num beco, onde nem a lua se atreve a entrar, se for preciso. Gosto de pensar que é porque sou forte, porque atravesso obstáculos, combato os meus medos. Sozinha. Gosto de pensar que consigo.


Dizem que é orgulho. Eu gosto de pensar que é força. Gosto de pensar que sou eu que sou forte!

1 comentário:

Unknown disse...

Tu és forte e o teu refúgio faz-me falta*