segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Elsa.

Ha uns anos conheci uma menina. A Elsa. Estava sempre a sorrir. Sorria quando estava feliz, quando estava nervosa, quando não sabia o que dizer. Era envergonhada e enquanto não conhecia bem as pessoas, desviava o olhar, não falava muito e sorria de vez em quando.
Achava sempre que ninguem gostava dela, tinha medo que a achassem chata.
Nao se aproximava muito, esperava que o fizessem e depois... Depois era muito divertida, falava sem parar, ria, ria muito alto. Olhava nos olhos, beijava, abraçava. Nao se importava que a achassem chata porque sabia que ja gostavam dela. Gostavam, assim... Só não gostava do seu nome, e para ser sincera, eu também não.


Tinhamos muito em comum, a Elsa e eu.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009




"Quase morrer não muda nada, estar a morrer é que muda tudo"

in Dr. House

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Não sou aquilo que quero, mas o que as circunstâncias fazem de mim!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009





Não quero palavras vãs, ocas. São só isso, vazias.
Quero que me encontres. Que me queiras procurar.
Eu estou aqui, todos os dias. Mas não vou estar para sempre.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Orgulhosamente Conformado

Conformismo. Esta é a palavra de ordem da sociedade em que vivemos todos os dias. Um conformismo desmedido, despreocupado, e aceitável para um país que se define como sendo dotado de grande História. Este seria um motivo de grande orgulho para os portugueses, não fosse o facto de a maioria não conhecer nem um terço dessa história. Quando habitantes de outros países conhecem mais de Portugal do que nós próprios. Quando há quem não conheça D. Afonso Henriques e não saiba que Cavaco Silva é o presidente da Republica, algo está realmente mal no país. Provavelmente não seria má ideia recuarmos alguns séculos e voltar à era dos descobrimentos. Talvez assim descobríssemos que rumo dar a este país à beira-mar plantado.

Hoje, onde existiam reis, rainhas, historiadores e cavaleiros temos o governo despreocupado, o vandalismo das claques de futebol, a corrupção e a falta de interesse pela cultura.

Portugal continua a ser mar, paisagens, história e descobrimentos. Mas os portugueses só querem saber de televisão, futebol, telenovelas, comida, televisão… e mais futebol.

Em Portugal, ainda há aqueles para quem ler é uma forma de aprendizagem, de cultura e até de divertimento. Mas para a grande maioria esta é apenas mais uma palavra difícil do dicionário. Tão difícil que nunca sequer praticaram nem tão pouco sabem o significado.

O português não conhece livros, não conhece jornais, não sabe o que se passa no mundo, não fala dos verdadeiros problemas do país. O português só conhece revistas cor-de-rosa, só sabe ver televisão e o máximo que entende a nível internacional é o nome do clube de um jogador de futebol bastante rico e famoso. A avaliar pela quantidade de erros que saem da boca dos portugueses todos os dias, ninguém diria que o português é a terceira língua mais falada no mundo.

Não é uma questão de falta de inteligência. O problema está no espírito derrotista de um povo que já foi dono de um grande império e que agora se contenta com a presença na cauda da Europa.

Não, não se trata de falta de informação, nem tão pouco falta de espírito crítico. Em Portugal, toda a gente fala de tudo, todos têm opinião sobre tudo, e mesmo sem saber do que estão a falar fazem-no com a convicção de que tudo o que dizem é o mais correcto possível.

Português que é português não quer saber o que se passa no mundo, não quer saber como nasceu o país. Português que é português só lê sobre a vida dos outros, só vive a vida dos outros, a vida que queria ter. É mais fácil, é mais cómodo, é mais confortável. É conformismo.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Esta manha, ao olhar pela janela vi o que nunca tinha visto antes...
Neve na minha rua! :D

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Não vou voltar pra trás só porque me enganei no caminho. Hei-de chegar a algum lado.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Silencio

Estava sentada na berma do passeio, com as pernas encolhidas entre os braços. De tão embrenhada nos meus pensamentos nem reparei quando se aproximou. Era velhinha e andava com dificuldade. Tinha um casaco bege, gasto, sujo e um pequeno lencinho vermelho em volta do pescoço que a mantinha mais quente. Acordei do meu transe quando me disse bom dia. Levantei os olhos, e, sem que tivesse tempo de pensar ouvi-me a dizer bom dia. Eu não a conhecia, ela não me conhecia; e disse-me bom dia. Costumo ser invisível a quem passa. Mesmo com a cabeça levantada costumo ser indiferente as pessoas que não me conhecem e com quem me cruzo na rua. Não os condeno, comungo da mesma ânsia de chegar a sitio nenhum. Penso no meu destino, na minha vida e quero apenas chegar rapidamente. Não vejo se aquela pessoa que se cruzou comigo naquela esquina estava triste, se ia a chorar. Não vejo se me sorriu, se olhou para o chão. Porque não os conheço, e estou a pensar em mim. Ela nunca me tinha visto, podia ter continuado o seu caminho em silencio, mas não. Sorriu e disse Bom dia.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Há coisas que nunca mudam...

Chegou 2009, e com ele cresceu em mim a esperança de me tornar alguém menos desastrado, menos propicio a quedas. A minha esperança durou pouco tempo. Só tinham passado três dias do inicio do ano e eu já tinha conseguido cair pelas escadas duas vezes em apenas 5 minutos. A minha sorte é que só rasguei os joelhos e esmurrei as palmas das mãos. Em três dias ja bati com a cabeça ao sair do carro. Fiquei com o tacão do sapato preso no meio dos paralelos e quase ia caindo. Torci o pé sem me mexer, sozinha...torci. Sabem? Acho que por mais anos que passem, eu nunca vou mudar. Sou um autêntico desastre a fazer qualquer coisa.