sábado, 30 de outubro de 2010

É como se o som ferisse, como se o silêncio doesse. É como se entrasse em pânico sempre que falasse, como se não conseguisse responder, como se não tivesse paciência. É como se não soubesse explicar, como se não fizesse sentido, como se não lesse, como se não fosse capaz. É como se ignorasse, como se não se importasse, como se não fosse nada. É como se não quisesse, como se não existisse, como se não soubesse verbalizar. É como se só tu fosses entender, como se nem tivesse que contar.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Perfect Match?

                                   Sweet?                                  STRONG?                       Funny?


           Diferent?                                 Fighter?                                         HONEST?


                                                             adventuress?
 Who cares? 
In the end, I'm all of them.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Eu sou dela, ela é minha!

Nunca conheci muito bem a minha cidade, para ser sincera acho que nunca quis. Vivo aqui desde que me conheço: cresci, estudei, fiz amigos aqui mas nunca conheci mais do que os poucos quilómetros que separam a minha casa do centro da cidade. Nunca conheci pessoas, nunca me conheceram a mim e eu gostava. De rir e deixar o meu espírito fluir sem ter de olhar por cima do ombro, sem ter de endireitar as costas e fechar-me dentro de mim por ter que manter a postura. Sempre achei que nesta cidade só existia Agosto e as festas da altura, que na maior parte das vezes não eram interessantes o suficiente para me arrancar de casa. Conheci melhor o Porto, é verdade, mas sempre gostei de cá viver, porque era bom voltar a casa à noite, cansada. 
Quando, um dia, conheci tudo melhor: todos os cantos, todas as ruas, todos os problemas, as coisas boas, deixei de gostar. Conheci muita gente, conheciam-me também. O meu espírito encurralou-se, de vez, na minha postura séria. Tantas vezes representei aquilo que não acreditava, aquilo que não pensava. Outras houve em que me entreguei de corpo e alma, em que me extasiei, não nego, mas de tanto conhecer tornei-me incapaz de admirar. Não me arrependo. Cresci mais do que um dia esperei, aprendi coisas que nunca imaginei.
Acho que vejo melhor as coisas, agora, à distância. Agora que voltei a encantar-me com as luzes que há noite preenchem a estação, que o meu espírito voltou a fluir. Voltei a defender esta cidade com toda a força, voltei a admirar, a pertencer. Agora sei que a Trofa é muito mais que as festas de Agosto, leio todas as notícias que encontro, formulo opiniões . E é agora que estou tão mais longe, que me sinto estranhamente mais perto.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Maria

"Não posso sair do quarto, não posso falar ao telemóvel, não posso fazer nada e ainda tenho que deixar a Ana dormir na minha cama, “para aprender a ser bem-educada com os convidados”, diz o meu pai. Não acho normal, ela é que faz asneira e eu é que fico de castigo."

Um dia ainda te vou reconstruir, Maria.

sábado, 2 de outubro de 2010

"I'm thankful for my years spent with this family, for everything we shared, every chance we had to grow. I'll take the best of them with me and lead by their example wherever I go. A friend told me to be honest with you, so here it goes. This isn't what I want, but I'll take the high road. Maybe it's because I look at everything as a lesson, or because I don't want to walk around angry, or maybe it's because I finally understand. There are things we don't want to happen, but have to accept. Things we don't want to know, but have to learn. And people we can't live without, but have to let go."
CM