terça-feira, 26 de maio de 2009

Pessoas

Hoje, pela primeira vez em muito tempo, vi pessoas. Não corri de um lado para o outro como habitualmente costumo fazer. Vi pessoas, não me bastou olha-las. Fixei os olhos e vi-as nitidamente com os olhos e com a alma. Eram tantas, tão diferentes. Umas num corre-corre desenfreado que me fez sorrir por ver um bocadinho do que sou naquela vontade de chegar rápido. Outras, sem pressa, caminhavam acompanhadas. Contavam as desventuras amorosas de um parente afastado ou de uma vizinha mais atrevida. Vi homens, mulheres, altos, baixos, sorridentes, sisudos.Hoje imaginei as Histórias por detrás das figuras daquelas pessoas, imaginei as vidas, os nomes, os sentimentos. Imaginei a casa daquele senhor de casaco preto desbotado que atravessou a estrada com dificuldade mesmo à minha frente. Perguntei-me se aquela senhora de cabelos brancos teria filhos. Dobrou a esquina tão rapidamente que quase tocou no ombro do pobre senhor sem sequer reparar que ele existe.
Hoje vi pessoas, mas hoje vi-as mais do que o meu olhar pode alcançar.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Por ser menos forte por fora do que sou por dentro isso não faz de mim frágil!
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sábado, 16 de maio de 2009

Davas-me sempre peixinhos, aquelas bolachas que eu adorava e só tu tinhas para me dar. Tomavas conta de mim quando eu, pequenina, vinha da escola. Fazias-me bonecas de pano, aventais do meu tamanho. Davas-me beijinhos, abracinhos...Davas, sem pedir nada em troca e sorrias-me.

Às vezes gostava que ainda estivesses aqui para continuar a dar-me tudo isso. Mesmo já sendo eu crescida.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Balançava-se na linha ténue que lhe cortava a vida bem ao meio. Algures entre o ser desastradamente acordado e aquela inconsciência demasiado voluntária. Usava-a como escudo. Era melhor assim, estava protegida. Por momentos nada mais a atingia, nada mais a perturbava, nada mais a fazia sofrer. Nada. Não lhe partiam o coração em mil pedaços, não lhe derretiam dolorosamente o corpo. Pairava apenas na imensidão de um nada envolvente, um vazio acolhedor que barrava a entrada do mundo, que impedia que tudo se desfizesse.

-Em que estás a pensar?
-Em nada...

E de repente, tudo voltou a desmoronar-se.

terça-feira, 12 de maio de 2009

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O que fazemos na vida...



ecoa pela eternidade!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Clã

Grupo de pessoas unidas por parentesco e linhagem e que é definido pela descendência de um ancestral comum. O parentesco baseado em laços pode ser de natureza meramente simbólica, havendo um símbolo da unidade do clã. Clã é a forma em lingua portuguesa da palavra gaélica clann, que significa "crianças". Clannad é uma forma estendida da palavra clann, e que pode ser traduzida por "família".
in Wikipédia


Temos um ancestral comum. Temos laços. Temos um simbolo do clã. Temo-nos. Temos tudo.