terça-feira, 27 de abril de 2010

Where they sell?

I know they're free,
but some people will always try to buy them!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Pedacinhos de mim

Gosto de pensar que ninguém vê as coisas que escrevo, que ninguém as entende. Gosto de pensar que são só minhas. Gosto de pensar que não as roubam de mim e lhes deturpam o significado. Gosto de ser eu a mostrá-las a quem é importante para mim. Gosto que eles sim, entendam. Que me abracem, que distribuam miminhos quando percebem o fundo de verdade das minhas histórias. Gosto que se riam quando reconhecem a ironia de certas palavras.
E, por cada vez que mas roubarem eu vou criar mais. E mais. E mais. Podem roubá-las mil vezes que vão continuar a ser só palavras. Que nunca as vão perceber como eles. Que nunca as vão sentir como eu. Porque são minhas. Pedacinhos de mim*

quinta-feira, 22 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

My dear,

Today I made a decision. I deleted you from my phone, I deleted you from my computer, I deleted you from my clothes, from my skin, from my diary, I deleted you from everything I have. Now, it's easy. I just need to delete you from me.
Love,
Sophie

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Keys

Nunca teve muita sorte com relações amorosas. Nunca soube escolher bem, ou talvez estivesse destinada a atrair o pior da espécie masculina. Todas as vezes parecia ser diferente, e todas as vezes terminavam da mesma maneira. Com o tempo foi arrumando cada um deles numa pequena caixinha no canto mais escondido do coração. Lá, não chegava oxigénio, nem o sangue se atrevia a pulsar. Fechava-a a sete chaves e prometia não mais abri-la. Jurava que ia ser diferente, que não ia escolher errado outra vez. Depois, encontrava alguém que lhe fazia esquecer tudo, que lhe fazia querer viver tudo, a qualquer preço. Alguém que mais cedo ou mais tarde ia parar à caixinha que, de novo, era fechada a sete chaves.

Tinha acabado de fechar, pela enésima vez a caixinha. Refugiou-se nele que, como todas as outras vezes, a abraçou, a escondeu do mundo. Ele sim, era diferente. Não havia nele nada do que via nos outros, que tantas vezes a magoaram, e talvez por isso, não havia nele nada que a atraísse.

Atraiu. No topo do desespero atraiu. A intensidade com que lhe rasgava a roupa era quase tão grande quanto a necessidade de a ter. Ambos se deixaram levar por um momento erradamente certo em que libertavam, fugazmente, as frustrações um no outro.

Pela manhã, enquanto recolhia a roupa, ainda espalhada pelo chão, teve a certeza que não tinha sido amor, não tinha sido paixão. Naquele momento teve certeza que nem amizade podia voltar a ser. Agarrou no que restava dele e guardou na caixinha do coração. Fechou-a, mais uma vez a sete chaves, mas desta vez não havia ninguém em quem se esconder.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Dear Rose,

Yesterday, I thought of you. I remembered the last time I saw you, I remembered your voice, I remembered your clothes and I could almost feel your perfume. I thought about how everything would be if you were still here. If you still play with me, if she still had you. I am sure that everything would be better, much better. Yesterday, I remembered that day. We should have spent it together, but no, it was different. I don't even slept at home. I remembered when they told me that you were not good, that you may not resist. I didn't believe it. I never told anyone, but I couldn't sleep that night. I spent the whole night praying. I couldn't lose you, but I did. I didn't know, but you were gone before I fell sleep. It's not fair. These days are more difficult, you know? But we're fine, we think of you every day, we miss you every day, we still love you every day.
Love,
Sophie