terça-feira, 30 de junho de 2009

Porto.43

Os meus passos já tão mecanizados, empurravam-me para onde eu não queria ir. Eu andava. Sem conseguir controlar. Sem conseguir pensar. Ainda olhei para trás, vezes e vezes sem conta. Não consegui não olhar. Olhei até as folhas das árvores taparem o cimo daquele edifício tão distante. Olhei, até o cair da noite me turvar a vista, até não ver mais nada. Aí, respirei fundo. O meu passo fez-se mais apressado e já não tive medo do que tinha pela frente.

Até Amanhã*