Sempre foi louca por ele. Fazia-lhe surpresas, não conseguia controlar o sorriso quando o avistava ao longe. Corria-lhe para os braços, apertava-o com força e descansava a cabeça no ombro. Ele segurava-a leve, brevemente e deixava-a. Corria a falar com os outros, que a ela, sempre lhe pareceram mais importantes para ele.
Gostava dela, ela sabia que sim. Ele via-a demasiado, tinha-a demasiado e esquecia-se demasiado, trocava-a demasiado.
Não controlou. Começou a afastar-se dele. Já não estava sempre disponível, não dizia que o amava. Embora fosse verdade, esperava sempre que ele tomasse a iniciativa e respondia-lhe com um simples "Eu também".
Ele começou a dizê-lo com mais frequência. Queria vê-la, queria senti-la. Os abraços tornaram-se mais demorados e era ela quem se afastava primeiro. Agora que não a tinha pedia-lhe para não lhe fugir. Era tarde de mais, ela já lhe tinha escapado por entre os dedos sem ele, sequer, ter dado conta.
Gostava dela, ela sabia que sim. Ele via-a demasiado, tinha-a demasiado e esquecia-se demasiado, trocava-a demasiado.
Não controlou. Começou a afastar-se dele. Já não estava sempre disponível, não dizia que o amava. Embora fosse verdade, esperava sempre que ele tomasse a iniciativa e respondia-lhe com um simples "Eu também".
Ele começou a dizê-lo com mais frequência. Queria vê-la, queria senti-la. Os abraços tornaram-se mais demorados e era ela quem se afastava primeiro. Agora que não a tinha pedia-lhe para não lhe fugir. Era tarde de mais, ela já lhe tinha escapado por entre os dedos sem ele, sequer, ter dado conta.
4 comentários:
Eu quando comecei a ler este texto pensei logo "vou escrever merda, e vou dizer-lhe 'ah e tal é isto que andas a escrever no trabalho?!"...
Mas depois, li, e deixei de querer escrever asneiras porque é tão isto que escreveste :) e apenas quero dizer o que um dia já pensei "quando nos afastamos não é por gostarmos de menos, mas sim por amarmos demasiado"... porque o gostar não é o estar sempre lá, é muito mais*
É o ciclo da vida :)
Perdi a conta ao número de vezes que li este texto. Tudo nele mexeu comigo, cada palavra, cada ideia, cada sentido. Tudo nele, fazia sentido. Faz sentido.
Ainda mais me perdi com o comentário da Andreia. Ainda mais sentido. Ainda mais espelho.
Pensar que o escreveste uma hora antes. E foste espelho*
(não percebo como consegues sempre tirar-me as palvras da alma)*
não consigo saber se me les a alma, se me les o coração, ou apenas as minhas falsas ideias..
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