segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Vejo o essencial, o fútil, o amargo,o incandescente.
Vejo com o olhar, com a alma, com o coração.
O invisível, o inacessível, o inalterável.
Olho com a chama cintilante que me constrói.
Olho com os meus olhos. Diferentes dos teus.
Olho com saudade, com tristeza, com medo, mas olho.
Olho fixamente, demoradamente, inteiramente.
Olho com indiferença, com tristeza, com repreensão.
Vejo sem olhar. Vejo.
Olho-me. Olho-te. Vejo-nos.
Não apagues os meus olhos.
Não os olhos. Não o espelho da minha alma.
Por favor.

2 comentários:

Mariana Albuquerque disse...

adoro este texto*

Catarina disse...

Apeteceu-me refugiar-me um bocado...
Refugio-me nas palavras que sei que tens para dar.
Refugio-me, também, no teu olhar: atento, sincero, puro, calmo, acolhedor. É o espelho da tua alma. E há tanto mais para dizer.

Só me apeteceu refugiar-me em ti.
*

Bebé*