quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tres

Aos poucos voltas a penetrar o meu refugio. Pensei que já não voltavas. Não assim, tão sôfrega e intensamente.
Oiço a tua voz como se da primeira vez se tratasse. A mesma emoção, o mesmo ser desorientado. Olho o teu cabelo, macio. Tens os mesmos olhos. Aqueles olhos que eu encontro sempre sem procurar.
Lemos as nossas cartas, os nossos sonhos. Sabe bem quando me volto a encontrar naquela gargalhada tão nossa. voamos para longe e eu volto a sentar-me naquele chão de pedra junto aquela sala. Volto a viver aqueles anos tão inocentes em que tudo se resumia a mesma coisa. Volto a rir quando dizes que temos muito em comum, quando dizes que sou aderente.
Rio do que nunca achei piada. Descubro vencedores e vencidos, reaprendo as letras do meu nome e sinto aquele amor que o vento tinha levado. Volto a ser um bocadinho de ti. E de ti.
Sabe bem viver este passado, sabe bem sentir que esta tão presente e que tem futuro.

E o meu refugio volta a ser nosso.
Outra vez!




1 comentário:

Adriana disse...

As nossas cartas: promessas perdidas ecritas no ar!
Morrer de amor, sentir a liberdade, voar, cantar e adormecer.

"nao posso viver sem ti (como amiga claro!)" a constante necessidade de afirnar a minha orientaçao sexual.

"sinceramente nao quero saber dos mans, mas ainda tou a espera que me apareça o tal man, fazem sempre falta!" a constante necessidade de mostrar as minhas carencias, os meus desejos.

"a txu isto, a txu akilo" a constante necessidade de te dizer que a amava, mesmo quando andavamos de candeias as avessas.

Porque tudo que eu te dou, tu me das a mim! tudo o que eu sonhei tu seras assim...

E passados tantos anos pouco ou nada mudou. Crescemos, mas nunca esquecemos o que foi e sempre sera esta amizade!

Abraço