sábado, 6 de setembro de 2008

Acho que estou doente. Não a doença que domina o corpo, que lhe adormece os sentidos e o deixa perecer, mas a que enfraquece a alma, a apaga e a maltrata.
Já não sinto o coração a bater dentro do peito, só um aperto no estômago. Acho que é Saudade. Aquele sentimento tão nobre, aquela palavra que todos adoram por ser só nossa está a fazer-me sucumbir.
Não me lembro da tua voz. Fecho os olhos, fecho com muita força e não me consigo lembrar. Lembro-me de todas as palavras que trocamos, mas aquela voz não é tua. É como se te estivesse a perder, como se estivesses a fugir dos meus pensamentos. De mim. Não quero. Não quero ter sentimentos nobres que me fazem sofrer. Só quero ter-te aqui.
Agora percebo. Ninguém morre de amor. É verdade, morre de Saudade.

5 comentários:

Catarina disse...

Refugiei-me e identifiquei-me com as tuas palavras.

Morremos de saudade*

Estou aqui (se precisares)!
Um abraço (forte)*

Bebé

Mariana Albuquerque disse...

Não vou deixar que essa saudade te apague a alma. Vou desenhá-la sempre que teimar em desaparecer...Não desenho bem... mas como ninguém sabe qual é a forma da alma não tem mal...


(já agora.. se quiseres ir cmg à tal lavandaria de almas....)

Tulha disse...

Bonito *

Sara* disse...

Este é dos textos mais bonitos que li até hoje e daqueles que mais me disseram, aqui e em todo o lado.

E não consigo dizer mais nada... vou ler outra e outra e outra vez!


********

Adriana disse...

Saudade esterna!