sexta-feira, 23 de maio de 2008

Doce leveza do meu ser

Estou aqui sentada à espera. O tempo parece não passar. Suspiro, sorrio a quem passa. Troco de posição a cada dez segundos. E continuo à espera.
Um pequenino objecto chama-me à atenção. Penso, imagino, e dou por mim a sonhar acordada. Sempre vivi no mundo dos sonhos. Era criança e a minha mente voava para longe. Imaginava-me no futuro, sonhava com o desconhecido. Ainda hoje sou assim. Sonho quando durmo e quando estou acordada. Sonho com o que me acontece, com aquilo que eu seria se fosse outra pessoa. Sonho a todas as cores e perco-me. Perco-me no tempo que não tenho, mas que anseio ter. Confundo a realidade com aquele mundo impenetrável a todos os seres. Aquele mundo tão meu. O meu mundo.
Às vezes, só quero que quebrem, que destruam, que invadam o meu mundo impenetrável. Que me arrastem para a realidade, que riam, que chorem comigo. Às vezes só quero que estejam lá, sem motivo. Estejam. Porque às vezes, a realidade consegue ser mais forte do que o mais bonito dos sonhos.

Vou embora, o que eu esperava acabou de chegar e a realidade chama por mim.

1 comentário:

Graça Salgueiro disse...

Quero fazer parte da tua realidade para assim te receber sempre de braços abertos=)****