Todos os dias à mesma hora, lá estava ela, em frente àquele velho palácio que lhe era tão familiar. Ainda guarda o agudo gemido que o pequenino portão, gasto pelo tempo, soltava quando alguém lhe tocava.
Todos os dias à mesma hora o atravessava, e percorria o longo passeio de pedra que a levava ao centro do palácio. O mesmo passeio que tantas vezes lhe roubou a beleza dos joelhos. Lhe arrancou uma ou outra lágrima.
No cimo do palácio estava um grande mastro, onde nunca viu uma bandeira.
Do lado direito, ficava uma pequena sala onde passava a maior parte do tempo. Aí descobriu que pequenos desenhos formam algo a que chamam palavras, experimentou os sentimentos mais nobres, aprendeu a viver. Folhas rabiscadas voavam na tentativa de criar computadores imaginários. Fez as primeiras traquinices.
Os olhares tímidos tornaram-se cúmplices, e juntos brincavam, riam, sonhavam com o futuro. Imaginavam-se princesas, fadas, queriam salvar o mundo.
o Inverno cobria o pequeno pátio de água. O mesmo pátio que ria com as pequenas vendedoras de latão e escondia ruas de terra para pequenos carros.
Hoje, o gemido do velho portão deu lugar ao silêncio gelado de um grande muro.
O passeio de pedra, é agora um pequeno campo de futebol.
E no lugar do pátio há uma horta, com couves muito verdinhas.
Apenas o grande mastro continua firme e despido no cimo do palácio.
Ela, já não está lá todos os dias, Já não vai lá à mesma hora. Mas continua a sonhar salvar o mundo. Através daquilo que escreve.
Todos os dias à mesma hora o atravessava, e percorria o longo passeio de pedra que a levava ao centro do palácio. O mesmo passeio que tantas vezes lhe roubou a beleza dos joelhos. Lhe arrancou uma ou outra lágrima.
No cimo do palácio estava um grande mastro, onde nunca viu uma bandeira.
Do lado direito, ficava uma pequena sala onde passava a maior parte do tempo. Aí descobriu que pequenos desenhos formam algo a que chamam palavras, experimentou os sentimentos mais nobres, aprendeu a viver. Folhas rabiscadas voavam na tentativa de criar computadores imaginários. Fez as primeiras traquinices.
Os olhares tímidos tornaram-se cúmplices, e juntos brincavam, riam, sonhavam com o futuro. Imaginavam-se princesas, fadas, queriam salvar o mundo.
o Inverno cobria o pequeno pátio de água. O mesmo pátio que ria com as pequenas vendedoras de latão e escondia ruas de terra para pequenos carros.
Hoje, o gemido do velho portão deu lugar ao silêncio gelado de um grande muro.
O passeio de pedra, é agora um pequeno campo de futebol.
E no lugar do pátio há uma horta, com couves muito verdinhas.
Apenas o grande mastro continua firme e despido no cimo do palácio.
Ela, já não está lá todos os dias, Já não vai lá à mesma hora. Mas continua a sonhar salvar o mundo. Através daquilo que escreve.
2 comentários:
Texto fantástico!
Adorei cada pormenor, cada descrição, e a moral da história não podia deixar de ser essa: mudar o mundo através das palavras! Mas será isso possível? Dificilmente!
Mas o sonho permanece e é isso que nos motiva e dá forças para escrever cada vez mais e melhor!
E é esse o teu caso...e este texto é uma prova do que digo. Gostei muito
P.S.: E claro que não podia deixar de reparar na alusão as couves =D
=O
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