quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Susana Martins





Susana Martins tem 25 anos e vive na Trofa. Concluiu a licenciatura de Química pela faculdade de Ciências da Universidade do Porto em 2004 e dedicou-se ao mestrado: “Desenvolvimento de metodologias para determinação de compostos presentes no fumo do tabaco”. Ao mesmo tempo, Susana encontra-se a trabalhar num laboratório que é uma parceria entre a faculdade de Engenharia e da faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Sobre o mestrado que está a desenvolver, Susana explica em que consiste: " Há um grande interesse em saber o que de facto existe no fumo do cigarro que faça mal às pessoas. E já há muitos anos que se fazem estudos sobre isso. O que eu analiso, não é a composição do tabaco, nem a constituição do cigarro, é o fumo que sai e que o fumador inala.". Fala também da importância destes estudos uma vez que é necessário conhecer as constituições do fumo "para perceber como é que ele vai afectar ou não a saúde dos fumadores".

A meio da conversa, Susana revela estar de acordo com a nova lei do tabaco que proíbe fumar nos espaços fechados mais pequenos, porque segundo ela: "Cada um faz a opção que quer. Agora, quem está ao lado não fez essa opção, e portanto não tem que levar com o fumo, a probabilidade de se propagarem doenças é muito elevada, mais do que aquilo que pensamos".

Divide seu tempo entre o seu mestrado, o trabalho que desenvolve no laboratório que é uma parceria entre o IDMEC e o LAQUIPAI (em que faz analises ao ar interior de industrias) e a família, que para ela "está sempre à frente do trabalho". Confessa com um sorriso que ainda não aprendeu a lidar com o stress: "Por um lado pode prejudicar se for maior do que a capacidade de controlo. Por outro lado, também pode ser muito bom porque uma certa dose de stress ajuda a cumprir horários, a fazer as coisas na altura certa."

Com uma carreira ainda curta, e apesar ter pensado seguir psicologia, Susana Martins, descobriu a química e afirma :"não me arrependo nada de ter ido para química".
Sobre o futuro, prefere não pensar, porque segundo ela "neste momento é muito difícil fazer planos, porque não se sabe muito bem o que vai acontecer, mas gostava de continuar a trabalhar na área do ambiente, que é aquela que me diz mais".

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