
sexta-feira, 15 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011
Escrevo aqui mais para mim do que para os outros. Escrevo aqui porque me faz bem, porque digo o que não costumo dizer, porque sou aquilo que quiser ser, porque me dá uma enorme sensação de leveza, porque sim. Mas escrever aqui assusta-me, às vezes, só por alguns segundos. Assusta-me e deixa-me curiosa. Assusta-me que me googlem, que pesquisem o meu nome, especificamente o meu, o dos meus amigos, que pesquisem frases minhas, que venham cá ter porque "Elsa carvalho Trofa" sou eu, porque "Elsa refugio Trofa" sou eu. Assusta-me que saibam de mim e não me deixem saber deles, quem são eles. Por breves momentos assusta-me. Fica a curiosidade depois, a vontade de saber porque é que 10 pessoas de Brooklyn passam aqui vários minutos. Eu não conheço ninguém em Brooklyn, não conheço ninguém em São Paulo, em Madrid, em Milão, em Paris, em Toronto, em Atlanta, em Londres... E pergunto-me como terão vindo cá parar, pergunto-me porque cá ficaram tanto tempo. E imagino como são, o que pensam, como vivem, de quem gostam. E percebo que, mesmo escrevendo mais para mim do que para os outros, são os outros que passam cá mais tempo que eu.
terça-feira, 5 de abril de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Coisas que eu me lembro
Portugal é, cada vez mais, um exemplo de que ser bonito não é suficiente para se chegar a algum lado!
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Be late
Raramente me atraso. Chego antes da hora, em cima da hora, mas raramente me atraso. Não gosto que esperem por mim, não gosto de chegar tarde, não gosto de me atrasar. Acho indelicado, mas prefiro ser eu a esperar, prefiro ser eu o alvo da indelicadeza. A vida que eu quero está atrasada e eu começo a fartar-me de a esperar. Tento correr atrás dela, marcar novos encontros, a horas diferentes, em dias distantes. Foge-me, atrasa-se e brinca comigo. A culpa é dos sonhos. Esses sim chegam sempre antes da hora. Entram de mansinho e quando dou por mim já caminhamos lado a lado na calçada, todos os dias, sem marcação prévia. Raramente nos encontramos, os três. Devem andar de costas voltadas ultimamente, é a única razão. Eu é que não gosto dessa razão. Um dia destes vou esbarrar-me com a vida, por acidente, no meio da rua e vou amarra-la ao meu braço. Não vai ser difícil encontrar os sonhos. Fecho os olhos e puff ficam presos a mim, para sempre. Aí, vou leva-los comigo, vou deixar-me levar...E não vai haver espaço para mais atrasos.
Obrigada SOL, não te esqueceste de mim*
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