Sempre foi louca por ele. Fazia-lhe surpresas, não conseguia controlar o sorriso quando o avistava ao longe. Corria-lhe para os braços, apertava-o com força e descansava a cabeça no ombro. Ele segurava-a leve, brevemente e deixava-a. Corria a falar com os outros, que a ela, sempre lhe pareceram mais importantes para ele.
Gostava dela, ela sabia que sim. Ele via-a demasiado, tinha-a demasiado e esquecia-se demasiado, trocava-a demasiado.
Não controlou. Começou a afastar-se dele. Já não estava sempre disponível, não dizia que o amava. Embora fosse verdade, esperava sempre que ele tomasse a iniciativa e respondia-lhe com um simples "Eu também".
Ele começou a dizê-lo com mais frequência. Queria vê-la, queria senti-la. Os abraços tornaram-se mais demorados e era ela quem se afastava primeiro. Agora que não a tinha pedia-lhe para não lhe fugir. Era tarde de mais, ela já lhe tinha escapado por entre os dedos sem ele, sequer, ter dado conta.