quinta-feira, 31 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
domingo, 27 de julho de 2008
Praia
Chegamos à praia, caminhamos e o sol teimava em esconder-se por detrás das nuvens, mas estava calor e o ambiente era bom. Eis senão quando começa a chover... Estava a adorar sentir os pingos de chuva encontrarem a minha pele, seca e quente. Mas continuou a chover...e chovia, chovia, chovia. Conclusão: não só molhei os pés como o resto do meu corpo ficou colado à minha roupa.
sábado, 26 de julho de 2008
Manuel Alegre
sexta-feira, 25 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
O Tesouro...
A medo, abriu a caixa. Estava velha e o barulho da fechadura enferrujada provocou-lhe um arrepio na espinha. Olhou em volta. Não estava ninguém. Era só ela e aquela caixa que sems aber porquê, lhe causava um aperto no estômago.
Abriu-a mais um bocadinho. Ia só espreitar, ninguém ia dar por nada. Não conteve a curiosidade e abriu-a mais e mais e ainda mais. seria um Tesouro?
A caixa estava ali, diante dela, aberta. Convites, desenhos, uma ou outra rosa seca. Diplomas, cartas, bilhetes cúmplices, fotos... Era toda a sua vida.
Andava tão escondida nos problemas, na vida que levava que já nem se lembrava daquela caixa. Continuou a procurar.
Entre peluches, canetas, pedaços de papel antigo, a memória voava. Ia e voltava trazendo um sorriso.
Lá estava ele. O diário de quando era criança. Estava arrombado. lembrou-se de quando teve que o fazer porque se esqueceu do sitio da chave.
Leu e releu cada página, não conteve as gargalhadas: os erros ortográficos, as alegrias, as preocupações... Tudo era tão diferente quando era criança.
Leu a última página do diário. Lembrava-se de a ter escrito, há dois anos. Uma lágrima tentou cair. Resistiu, tentou que fosse embora. Mesmo assim a lágrima desceu, caiu. fechou os olhos. Não gostava de chorar, não gostava que a vissem chorar.
Mas estava ali. Sozinha.
O barulho da caixa a fechar ecoou durante alguns segundos.
Era mesmo um tesouro. O tesouro de toda a sua vida.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
sábado, 12 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
domingo, 6 de julho de 2008
Pedaços de Papel
Ele continuava a acariciar a areia sem dizer nada e ela continuou: "Sou como uma folha de papel, onde desenham sentimentos doces, onde escrevem palavras duras. Uma folha de papel de todas as cores, mas que rasgam quando já não é importante, que substituem quando encontram melhor. Uma folha de papel que perde o brilho a cada pingo de chuva, a cada lágrima. Uma folha que voa com o vento e que se desfaz com o tempo. Uma folha que riscam, que destroem, que queimam e abandonam. Mas sou um pedacinho de papel, onde é impossível apagar alguma coisa"
Ele levantou o olhar e entre um sorriso disse: "É nos pequenos pedaços de papel que se guardam os maiores segredos e por isso é que eu gosto tanto de ti".
E ficaram os dois a olhar o pôr do sol.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Quase...
é a desilusão de um "quase".
É o quase que me incomoda, que me entristece, que
me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas ideias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor, não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor,
está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir
entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige, nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. (...)
Desconfie do destino e acredite em si.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planeando, vivendo que esperando
porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu!!"
Um dia, o meu eu quase foi outro. Quase. E ainda bem.