quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Silencio
Estava sentada na berma do passeio, com as pernas encolhidas entre os braços. De tão embrenhada nos meus pensamentos nem reparei quando se aproximou. Era velhinha e andava com dificuldade. Tinha um casaco bege, gasto, sujo e um pequeno lencinho vermelho em volta do pescoço que a mantinha mais quente. Acordei do meu transe quando me disse bom dia. Levantei os olhos, e, sem que tivesse tempo de pensar ouvi-me a dizer bom dia. Eu não a conhecia, ela não me conhecia; e disse-me bom dia. Costumo ser invisível a quem passa. Mesmo com a cabeça levantada costumo ser indiferente as pessoas que não me conhecem e com quem me cruzo na rua. Não os condeno, comungo da mesma ânsia de chegar a sitio nenhum. Penso no meu destino, na minha vida e quero apenas chegar rapidamente. Não vejo se aquela pessoa que se cruzou comigo naquela esquina estava triste, se ia a chorar. Não vejo se me sorriu, se olhou para o chão. Porque não os conheço, e estou a pensar em mim. Ela nunca me tinha visto, podia ter continuado o seu caminho em silencio, mas não. Sorriu e disse Bom dia.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Há coisas que nunca mudam...

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